28/09/2010

roupa do vazio

Pó, só o pó
a misturar com todas as impurezas
e com sorte sumir definitivamente
em meio a terra
seu meio fundante
enquanto sólido
desejo fecundo
quando remexido pelas larvas
e tornando-se novo
o solo
já basta!
porém até ele
são várias camadas
e cascas
o pó deixa marcas
perde-se assim;
o invisível
o indizível
sólida visão do fim.

Mariana Zanetic - roupa do vazio - poema - setembro de 2010
( visitem o blog: velhosnovospapeis.blogspot.com )

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